DIY ou Projetos de Costura Inacabados
Como já não escrevia há muito tempo, decidir recuperar o tempo perdido com projetos perdidos, como se o tempo não tivesse passado.
O que quero dizer com isto? Que muitos foram os projetos inacabados em 2017: paredes da casa que ficaram por decorar, peças de roupa que ficaram por terminar, outros que nem saíram da lista de resoluções do ano ou das inúmeras to do list feitas ao longo das 52 semanas de 2017.
Como disse alguém, um dos sinais de insanidade é fazer sempre o mesmo e esperar resultados diferentes, pelo que resolvi mudar de estratégia no início deste ano. Reduzi a minha lista de resoluções para duas, sendo que a primeira é acabar os projetos que mais me dão prazer e que continuam inacabados, alguns há largos meses. Dentro desta resolução, cabem também os projetos que tinha no início do ano passado e que abandonei passado pouco tempo.
(Uff, ao ler o último parágrafo, percebo que afinal não reduzi a lista para duas, mas resumi a lista anterior numa única linha. Ainda assim, vá, convenhamos que psicologicamente isto faz toda a diferença!… (pelo menos, para mim, e para já 😉 ))
O primeiro dos projetos a sair à rua, já acabadinho (não foram precisos mais que 30 minutos para o acabar, na realidade), tinha de ser, claro, um projeto de costura, E este começou assim:
E isto, o que é? Um belo tecido de fazenda azul e preta, ideal para uma bela peça de roupa de Inverno. Como já devem ter percebido, sou uma adepta de cores e padrões, pelo que apesar de aparentemente liso, este tecido, para ter sido escolhido por mim, tinha de ter uma particularidade colorida qualquer. E tem. Uma espécie de esquema em linhas horizontais e verticais, em preto e azul, em forma de ziguezague, que lhe dá uma graça especial.
Neste caso, não foi o tecido que inspirou a peça, pois já tinha escolhido o que iria fazer, com o auxílio da minha professora muito querida, Olga Amorim (de quem já falei aqui). Dado que tinha terminado umas calças clássicas, após ter aprendido o molde base das mesmas, decidi fazer outras, mas complicar um pouco, ao acrescentar bolsos laterais tipo faca e duas pregas à frente.
Esta peça jazia dentro do meu saco de costura porque, depois de um período inicial de euforia, não a tinha conseguido ainda acabar e já tinha começado a desenhar outros moldes. E isto, há mais de dois meses… E, sabem o que é mais vergonhoso? … Tudo o que faltava, para finalizar a peça, eram 15 cm de bainha e vincá-la a ferro… Sim… 30 minutos de trabalho (shame on me, I know…). A prova:
E, 30 minutos depois, foi este o resultado:
Aproveito para deixar algumas dicas para outras iniciantes de costura, que aprendi ao executar esta peça:
- ao marcar a altura das calças, é muito importante que o façamos com os sapatos que tencionamos calçar mais frequentemente com as mesmas. A extremidade da bainha deve tocar o início da sola do sapato (calças compridas estilo clássico);
- a abertura das calças de senhora fecha da direita para a esquerda, sendo que nas calças masculinas, é o inverso (mais uma vez, estou a referir-me a regras “clássicas” de alfaiataria);
- existe um tecido apropriado para o interior dos bolsos. Se, tal como eu, achavam que um simples tecido de forro seria adequado para bolsos, desenganem-se. O tecido de bolsos é mais resistente que o tecido de forro, justamente porque sofre mais desgaste. Se forem executar bolsos, peçam na retrosaria “tecido para bolsos”, que já saberão de que se trata.
A 6 dias do início do ano, não deixa de ser uma conquista, não acham? E um ótimo pretexto para estrear uma camisola liiiinda adquirida em saldos, na Zara:
O que vos parece?
E as vossas resoluções de Ano Novo? Querem partilhar?
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Maria Rosário Cancelino
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La Boutique en Rose
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Conceição Sousa Mendes
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La Boutique en Rose
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Conceição Sousa Mendes
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